A sinalização em vermelho no painel do Aeroporto de Pequim não podia ser boa notícia. O voo MH370 não havia chegado, para desespero de centenas de famílias.
O Boeing 777-200 decolou ás 1h41 da tarde de sexta-feira (08-03) pelo horário de Brasília), de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino à capital chinesa, onde deveria ter pousado às 6h30 da manhã.
Duas horas depois da decolagem, o avião sumiu dos radares. Estava sobrevoando o golfo da Tailândia, próximo ao Sul do Vietnã, quando desapareceu.
Neste ponto, aviões da força aérea vietnamita localizaram duas grandes manchas de óleo, mas ainda não se sabe se tem relação com o Boeing desaparecido.
Não havia registro de mau tempo na rota até Pequim. E o avião já estava em altitude e velocidade de cruzeiro - segundo especialistas, momento de maior segurança num voo. O que levou ao desaparecimento do Boeing ainda é um mistério.
Duzentas e trinta e nove pessoas estavam a bordo: 227 passageiros, a maioria chineses, e 12 tripulantes. O 777 é considerado um dos mais seguros do mundo.
A Malaysia Airlines tem outros 14 desses jatos na sua frota. A empresa é uma das principais companhias aéreas da Ásia, com um histórico de poucos acidentes.
O governo da Malásia anunciou que a marinha dos Estados Unidos se juntaria ao esforço na busca, que conta equipes da Malásia, do Vietnã e da China.
A espera só aumenta a angústia de quem precisa de uma notícia, seja ela qual for.
O avião 777-200, da americana Boeing, é o maior bimotor do mundo. Ele pode transportar até 440 passageiros. E voa a até 950 quilômetros por hora. O único acidente com morte de passageiros, envolvendo um 777-200, foi em julho do ano passado. Três pessoas morreram quando o avião da companhia Asiana perdeu as rodas, a cauda e um motor no pouso, no aeroporto de São Francisco, nos Estados Unidos.
Em maio de 2009, um outro acidente teve características semelhantes ao de ontem. O airbus da Air France, que saiu do Rio de Janeiro para Paris, desapareceu dos radares poucas horas depois da decolagem. Duzentas e vinte e oito pessoas morreram. O relatório final das investigações considerou que a tragédia foi provocada por uma série de erros humanos e falhas no equipamento. (JN)
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